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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

MAQUIAGEM NO ANTIGO EGITO "OLHO DE HORUS"

"HISTÓRIA DA MAQUIAGEM NO ANTIGO EGITO"


Inúmeros frascos encontrados nas tumbas egípcias demonstram que os antigos egípcios já manipulavam com maestria pigmentos das cores branca, vermelha, amarela, azul, verde e preta que datam de cerca de 2500 a.C. A composição dos produtos encontrados continha cobre, manganês, chumbo e ferro. A galena natural moída (um dos principais minerais de chumbo) também estava presente em quase todas as preparações das maquiagens de cor preta.
O acréscimo de pós brancos ou sintéticos, como a cerusita, permitia aos egípcios criar uma gama de produtos que ia dos mais diversos tons de cinza ao preto. A textura destes produtos podia ser modificada  com a adição de elementos oleosos.

Os pós verdes e pretos usados durante os rituais egípcios serviam para tratar a pele dos sacerdotes e lhes permitiam ver através do ‘Olho de Hórus’. 

Nos rituais de embalsamento, as maquiagens possuíam uma ação profilática e terapêutica e contribuíam para a realização do ritual de abertura da boca e dos olhos. 


Papiros médicos prescreviam receitas destinadas ao tratamento de doenças das pálpebras, da íris e da córnea. Misturas compostas de malaquita verde, galena preta, ocre vermelho, lápis lazuli azul eram aplicadas nas pálpebras como colírios.

Pós de cor preta eram feitos à base de chumbo e algumas vezes compostos a partir de óxidos de magnésio ou compostos de antimônio. Ainda hoje a galena está presente na composição dos Kohls empregados no Oriente e na África. As pesquisas permitem atestar que os egípcios sintetizavam alguns produtos e incorporavam propriedades terapêuticas em suas preparaç

A LINGUAGEM DA MAQUIAGEM NO EGITO ANTIGO

A aparência era um elemento essencial no Egito antigo e a cor desempenhava um papel particularmente importante pois era considerada como um ser vivo: o termo ‘youn’ significava ao mesmo tempo “cor” e “o caráter de um ser humano”. É interessante constatar que todos os Egípcios se maquiavam (homens, mulheres, crianças) de todas as classes e funções e a análise química das maquiagens encontradas nos monumentos funerários provou que este povo já possuía um grande domínio da cosmética.

PAPEL ESTÉTICO, TERAPÊUTICO E RELIGIOSO

A maquiagem egípcia era refinada: as formas (traços ou sombreamentos), as matérias (opacas ou cintilantes) e as cores variavam de acordo com as épocas. Fonte de embelezamento, elas também possuíam um valor terapêutico e as maquiagens do Antigo Império eram verdadeiros tratamentos para os olhos e a pele. Os papiros médicos que datam de cerca de 1500 antes de nossa era – particularmente o Papiro Ebers – contém verdadeiras fórmulas utilizadas para proteger os olhos das doenças que existiam na época devido ao clima egípcio, e às enchentes do Nilo. Nas diversas pesquisas feitas sobre este sujeito, os estudiosos identificaram diversas matérias minerais que eram utilizadas no tratamento das vistas, principalmente a malaquita verde e a galena negra.

As maquiagens egípcias também estavam associadas ao culto de deuses: amplamente presentes na lista das oferendas funerárias, elas contribuíam para a realização dos rituais que tinham como finalidade preservar os deuses da morte e ressuscitar os defuntos. Este contexto religioso provavelmente levou os egípcios a trabalharem o conteúdo dos cosméticos para transformá-los em verdadeiros medicamentos. Diversos sacerdotes ligados ao culto de Douaou, divindade venerada no Antigo Império, também eram oftalmologistas.



CORES SIMBÓLICAS

A paleta das cores do Egito antigo era amplamente colorida, mas sempre estruturada por um componente simbólico forte: a cor preta e a verde eram as bases sucessivas da maquiagem.

   • Cores Predominantes: o preto e o verde
Desde o início do Império Antigo (2600 à 2200 a.C.), a maquiagem presente na lista das oferendas funerárias era designada pelo termo 'termeouadjou' : "pó verde". Os baixos- relevos policromáticos das mais antigas capelas funerárias mostravam pessoas cujas pálpebras estavam ornadas com largos traços de cor verde: Sépa (grande funcionária que viveu na terceira dinastia) e sua companheira Nésa.

 Cor da natureza, da juventude e do renascimento, o verde é a cor de Osíris, deus da terra, que foi  representado diversas vezes com o rosto verde.

A maquiagem verde, feita à base de malaquita subsistiu até a quarta dinastia e desapareceu dando lugar à maquiagem preta, feita com galena. A cor preta, denominada ‘mesdemet’, teria como origem a expressão “tornar os olhos expressivos” (de mistim ou stim : ‘que torna os olhos eloquentes’), etimologia que sinaliza o fato que as maquiagens egípcias eram, em uma determinada época, pretas. Assim sendo, diversas maquiagens pretas foram encontradas como testemunha deste fato: oferendas funerárias, estátuas e pinturas da época, dentre as quais uma estela egípcia representando a princesa Néfertiabet (2500 A.C.) maquiada com um traço de cor preta no olho.
O preto é uma cor que está estreitamente ligada ao Egito. O antigo nome do país ‘KEMET’: a terra negra, vem da palavra ‘km’: ‘preto’, e ‘kmb’ significa ‘os egípcios’. O nome vem do lodo preto, muito fértil, originário do Nilo. Simboliza, na cultura egípcia faraônica, a vida, a fecundidade, o renascimento, a renovação, valores personificados pelas divindades de pele negra e pelos olhos prolongados com uma ‘gota’ do deus de céu e espírito de luz, Hórus, representado por uma cabeça de falcão (animal que possui os olhos naturalmente contornados com a cor preta e uma acuidade visual incomparável).

O olho negro de Hórus é o símbolo da integridade física, da abundância e da fertilidade, da luz e do conhecimento.

Se as maquiagens verdes e pretas predominavam, os Egípcios utilizavam também toda gama de cinzas, graças a pigmentos variados como a cerusita natural que permitia a obtenção de um pó branco que era misturado à galena negra. Outras cores também foram observadas, principalmente a azul e a cor amarela (que não possuía um nome específico no antigo Egito), mas era representada pelo dourado, o ouro, e que era a cor associada à pele dos deuses, às máscaras funerárias e à imortalidade.

Os artistas utilizavam principalmente o azul egípcio para representar as peles de certos deuses. Esta cor era a essência divina, por sua associação com o ar, o céu, o meio aquático de onde nasce toda vida. Devemos ressaltar entretanto que muitas vezes a maquiagem representada na pintura e na estatuária egípcia possuía um valor simbólico e  não correspondia à maquiagem real que era usada pelas pessoas.

A MAQUIAGEM DE GRANDE QUALIDADE EXISTIA NO EGITO ANTIGO

Os Egípcios usavam produtos de maquiagem distintos, de acordo com seu status social. Os ricos adquiriam produtos de grande qualidade, como testemunha um hieróglifo descoberto dentro de potes de cosméticos na tumba de Dame Touti, uma bela cortesã egípcia que viveu há 3000 anos. Dame Touti levou para o outro mundo seus cosméticos e acessórios de beleza. Rico ou pobre, cada um possuía pó de galena, um básico indispensável em todo nécessaire de maquiagem. Porém, enquanto o pobre usava simples bastões de madeira para aplicar sua maquiagem, o rico possuía instrumentos mais elaborados e conservava os pós em recipientes de marfim ou estojos de materiais preciosos. Para a viagem após a morte, os egípcios de nível social alto levavam uma  paleta de maquiagem, o nécessaire de toalete e todos os elementos necessários para a fabricação de produtos cosméticos. Mais surpreendente ainda, os pesquisadores conseguiram descobrir que as porcentagens de óleos que entravam na composição dos cosméticos eram as mesmas utilizadas pela cosmetologia moderna. Os Egípcios sabiam também elaborar texturas diferentes, pós soltos finos ou compactos, dosando as matérias oleosas. Misturando mais ou menos finamente alguns de seus ingredientes, eles podiam fabricar pós brilhantes ou, ao contrário, opacos. Como podemos ver, as técnicas de opacidade e de brilho não são um assunto recente!

OS ACESSÓRIOS E OS OBJETOS:

Os diversos cosméticos e ungüentos vinham acondicionados dentro de frascos e eram acompanhados por acessórios variados. Tanto os mais simples quanto os mais detalhadamente decorados testemunham um grande refinamento. Trabalhados finamente, estes objetos eram ornados de motivos de flores de lótus, guirlandas de papiros, de antílopes, de peixes ou de pequenos macacos. Foram encontradas também pequenas paletas, colheres para pegar os pós e os cosméticos, potes de ungüentos, frascos de perfume, estojos de Kohl com pequenos pincéis.
Os recipientes e diversos outros objetos eram feitos de pedra (alabastro translúcido, hematita, diorita, mármore), de cerâmica, de barro, de madeira, de vime ou ainda de marfim. A técnica de fabricação do vidro apareceu apenas no Novo Império. Freqüentemente de cor azul, ele era decorado com  fios vermelhos, verdes, amarelos ou brancos.

Os acessórios destinados aos príncipes e aos reis eram feitos de ouro, de bronze, de ônix. Muitos eram gravados ou incrustados com obsidiana, pedras semi-preciosas, enquanto outros eram de louça. Inicialmente os espelhos eram simples placas de mica e, em seguida, passaram a ser constituídos com discos de cobre ou de bronze polido. A partir do Império Médio eles foram sendo melhorados com a aplicação de uma camada de prata.

O Kohl, era uma sombra escura que era aplicada em torno do olho e proporcionava um olhar profundo aos Egípcios. Ele produto também tratava as infecções oculares através da presença de ... chumbo. Químicos francês do CNRS refizeram a experiência hoje: em baixíssimas doses o chumbo não mata as células, bem ao contrário, ele estimula o sistema imunitário. Os pesquisadores depositaram uma quantidade infinitesimal de cloreto de chumbo em células cutâneas que reagiram emitindo uma super produção de monóxido de azoto, um gás que estimula a chegada dos macrófagos que são capazes de digerir e destruir as bactérias.

(Pesquisado em 17/04/2010 por Annie Mollard-Desfour
Laboratoire Lexiques, Dictionnaires, Informatique (LDI))
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Nefertiti (c. 1380 - 1345 a.C.) foi uma rainha da XVIII dinastia do Antigo Egipto, esposa principal do faraó Amen-hotep IV, mais conhecido como Akhenaton.
Raízes familiares
As origens familiares de Nefertiti são pouco claras. O seu nome significa "a mais Bela chegou", o que levou muitos investigadores a considerarem que Nefertiti teria uma origem estrangeira, tendo sido identificada por alguns autores como Tadukhipa, uma princesa do Império Mitanni (império que existiu no que é hoje a região oriental da Turquia), filha do rei Tushratta. Sabe-se que durante o reinado de Amen-hotep III chegaram ao Egito cerca de trezentas mulheres de Mitanni para integrar o harém do rei, num gesto de amizade daquele império para com o Egito; Nefertiti pode ter sido uma dessas mulheres, que adotou um nome egípcio e os costumes do país.
Contudo, nos últimos tempos tem vingado a hipótese de Nefertiti ser egípcia, filha de Ai, alto funcionário egípcio responsável pelo corpo de carros de guerra que chegaria a ser faraó após a morte de Tutankhamon. Ai era irmão da rainha Tié, esposa principal do rei Amen-hotep III, o pai de Akhenaton; esta hipótese faria do marido de Nefertiti o seu primo. Sabe-se que a família de Ai era oriunda de Akhmin e que este tinha tido uma esposa que faleceu (provavelmente a mãe de Nefertiti durante o parto), tendo casado com a dama Tié.
De igual forma o nome Nefertiti, embora não fosse comum no Egito, tinha um alusão teológica relacionada com a deusa Hathor, sendo aplicado à esposa real durante a celebração da festa Sed do rei (uma festa celebrada quando este completava trinta anos de reinado).
Akhenaton e Nefertiti
Não se sabe que idade teria Nefertiti quando casou com Amen-hotep (o futuro Akhenaton). A idade média de casamento para as mulheres no Antigo Egipto eram os treze anos e para os homens os dezoito. É provável que tenha casado com Amen-hotep pouco tempo antes deste se tornar rei.
O seu marido não estava destinado a ser rei. Devido à morte do herdeiro, o filho mais velho de Amen-hotep III, Tutmés, Amen-hotep ocupou o lugar destinado ao irmão. Alguns autores defendem uma co-regência entre Amen-hotep III e Amen-hotep IV, mas a questão está longe de ser pacífica no meio egiptológico. A prática das co-regência era uma forma do rei preparar uma sucessão sem problemas, associando um filho ao poder alguns anos da sua morte.
Nos primeiros anos do reinado de Amen-hotep começaram a preparar-se as mudanças religiosas que culminariam na doutrina chamada de "atonismo" (dado ao facto do deus Aton ocupar nela uma posição central). Amen-hotep ordenou a construção de quatro templos dedicados a Aton junto ao templo de Amon em Karnak, o que seria talvez uma tentativa por parte do faraó de fundir os cultos dos dois deuses. Num desses templos, de nome Hutbenben (Casa da pedra Benben), Nefertiti aparece representada como a única oficiante do culto, acompanhada de uma filha, Meketaton. Esta cena pode ser datada do quarto ano do reinado, o que é revelador da importância religiosa desempenhada pela rainha desde o início do reinado do seu esposo.
No ano quinto do reinado, Amen-hotep IV decidiu mudar o seu nome para Akhenaton, tendo Nefertiti colocado diante do seu nome de nascimento o nome Nefernefernuaton, "perfeita é a perfeição de Aton". Nefertiti passou a partir de então a ser representada com a coroa azul, em vez do toucado constituído por duas plumas e um disco solar, habitual nas rainhas egípcias.
Durante algum tempo defendeu-se que Akhenaton teria introduzido pela primeira vez na história do mundo o conceito domonoteísmo, impondo às classes sacerdotais e populares o conceito de um só deus, o deus do sol, onde o disco solar representava o deus sol que regia sobre tudo na face da terra. Hoje em dia porém considera-se que seria um henoteísmo exacerbado. Os muitos templos que celebravam os deuses tradicionais do Egito foram todos rededicados pelo rei ao novo deus por ele imposto. Especula-se que esta pequena revolução, entre outros possíveis objetivos, possa ter servido para consolidar e engrandecer ainda mais o poder e importância do faraó. Após o reinado de Akhenaton, o Egito antigo voltaria às suas práticas religiosas politeístas.

Akhenaton decidiu igualmente a construção de uma nova capital para o Egipto dedicada a Aton, que recebeu o nome de Akhetaton ("O Horizonte de Aton"). A cidade situava-se a meio caminho entre Tebas e Mênfis, sendo o lugar onde se encontram hoje as suas ruínas conhecido como Amarna. A cidade foi inaugurada no oitavo reinado de Akhenaton. Demorando apenas 3 anos para ficar pronta.
Um talatat (bloco de pedra) de Hermópolis (perto de Amarna) mostra a rainha Nefertiti a destruir o inimigo do Egipto, personificado por mulheres prisioneiras, numa cena que até então tinha sido reservada aos reis desde os tempos da Paleta de Narmer.
Nefertiti acompanhou o seu marido lado a lado em seu reinado porém, a certa altura, no ano 12 do reinado de Amen-hotep ela esvanece e não é mais mencionada em qualquer obra comemorativa ou inscrições e parece ter sumido sem deixar quaisquer pistas.
Este desaparecimento foi interpretado inicialmente como uma queda da rainha, que teria deixado de ser a principal amada do faraó, preterida a favor de Kiya. Objectos da rainha encontrados num palácio situado no bairro norte de Amarna sustentam a visão de um afastamento. Hoje em dia considera-se que o mais provável foi o contrário: Kiya foi talvez afastada por uma Nefertiti ciumenta.
Uma hipótese que procura explicar o silêncio das fontes considera que Nefertiti mudou novamente de nome para Ankhetkheperuré Nefernefernuaton. Esta mudança estaria relacionada com a sua ascensão ao estatuto de co-regente. Ainda segundo a mesma hipótese quando Akhenaton faleceu Nefertiti mudou novamente de nome para Ankhetkheperuré Semenkharé e governou como faraó durante cerca de dois anos. Há ainda outra hipótese, como os sacerdotes de Amon não aceitavam o Deus Aton como único do Egipto, eles teriam mandado assassinar Nefertiti pois a consideravam o braço direito de Akhenaton, sua morte teria desestabilizado o faraó que tinha em sua figura o apoio indiscutível para o Projeto do "Deus Único" representado por Aton, cerca de dois anos depois, Akhenaton veio a falecer de forma misteriosa, assim, sua filha primogênita com Nefertiti - Meritaton, foi elevada ao estatuto de "grande esposa real". O seu reinado foi curto, pois segundo historiadores, ela, seu marido e outros habitantes de Amarna na época foram assassinados e proscritos. Restando de sangue real apenas, Tuthankamon então com 9 anos e sua outra irmã Ankhesenamon com 11 anos.
Porém, muitos especialistas acreditam que esta pessoa foi um filho de Akhenaton. Já outros egiptólogos, como o professor David O'Oconnor da Universidade de Nova York (New York University), especulam: Poderia se tratar de amor entre iguais, entre dois homens, dadas as características singulares de Akhenaton?

6 de Dezembro de 1912 foi encontrado em Amarna o famoso busto da rainha Nefertiti, por vezes também designado como o "busto de Berlim" em função de se encontrar na capital alemã. A descoberta foi da responsabilidade de uma equipe arqueológicada Sociedade Oriental Alemã (Deutsche Orient Gesellchaft) liderada por Ludwig Borchardt (1863-1938). A peça foi encontrada na zona residencial do bairro sul da cidade, na casa e oficina do escultor Tutmés.
O busto de Nefertiti mede 50 cm de altura, tratando-se de uma obra inacabada. A prova encontra-se no olho esquerdo da escultura, que não tem a córnea inscrustrada; Ludwig Borchardt julgou que esta se teria desprendido quando encontrou o busto, mas estudos posteriores revelaram que esta nunca foi colocada para não causar inveja as deusas.
Segundo o costume da época os achados de uma escavação eram partilhados entre o Egito e os detentores da licença de escavação. O busto de Nefertiti acabaria por ser enviado para a Alemanha, onde foi entregue a James Simon, uma dos patrocinadores da expedição. Contudo, a forma como saiu do Egipto é pouco clara e alvo de disputas. Atualmente o Egito alega que Borchardt escondeu a peça, versão contraposta à que alega que os responsáveis pelas antiguidades egípcias não deram importantância ao busto, deixando-o partir. Em 1920 a obra foi doada ao Museu Egípcio de Berlim, onde passou a ser exibida a partir de 1923, tornando-se uma das atrações da instituição.
Até então, as representações conhecidas da rainha, mostravam-na com um crânio alongado, sendo a rainha vista como uma mulher que provavelmente sofria de tuberculose. O busto revelou-se determinante na alteração da percepção da rainha, que muitas mulheres dos anos 30 procurariam imitar em bailes de máscaras.
Durante a Segunda Guerra Mundial a Alemanha retirou as peças dos museus de Berlim para colocá-las em abrigos. O busto de Nefertiti foi guardado num abrigo na Turíngia, onde permaneceu até ao fim da guerra até que o exército americano o levou paraWiesbaden. Em 1956 o busto regressou a Berlim Ocidental.A alegada múmia de Nefertiti.

Em Junho de 2003 a egiptóloga Joanne Fletcher da Universidade de York anunciou que ela e a sua equipe teriam identificado uma múmia como sendo a rainha Nefertiti.
Em 1898 o egiptólogo Victor Loret descobriu o túmulo do rei Amen-hotep II no Vale dos Reis. Como foi o trigésimo quinto túmulo a ser encontrado, este recebeu a designação de "KV35" na moderna egiptologia (King Valley´s 35). Para além da múmia deste rei, encontraram-se onze múmias numa câmara selada do túmulo. Três destas múmias foram deixadas no local, devido ao seu elevado estado de deterioração, tendo as restantes sido levadas para o Museu Egípcio. Duas múmias eram de mulheres e a terceira de um rapaz.
Uma peruca encontrada neste túmulo junto a uma das múmias chamou a atenção de Joanne Fletcher que a identificou com as perucas de estilo núbio utilizadas no tempo de Akhenaton. Para Fletcher, especialista em cabelos, esta peruca foi usada por Nefertiti. Para além disso, o lóbulo da orelha estava furado em dois pontos (uma marca da realeza), com impressões de uma tiara no crânio. A múmia não tinha cabelo o que corresponderia à necessidade de Nefertiti manter o cabelo rapado para poder utilizar a coroa azul e também para proteger-se contra piolhos e o calor do Egito na época retratada.
Contudo, a múmia estava identificada como sendo de uma mulher de vinte e cinco anos, o que torna pouco provável tratar-se de Nefertiti.

   

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